Patologias Dermatológicas
Conheças algumas das principais patologias
Acne é o nome dado às espinhas e cravos, que aparecem em decorrência de um processo inflamatório das glândulas sebáceas e folículos pilossebáceos. Embora seja muito comum na adolescência, a acne também pode ocorrer em adultos, especialmente em mulheres.
Os principais responsáveis pelo surgimento da acne são os hormônios sexuais, cuja produção inicia-se na puberdade. Tais lesões surgem mais frequentemente no rosto, porém podem ocorrer nas costas, ombros e peito.
Os principais sintomas são comedões, lesões sólidas arredondadas, lesões com pus, nódulos e cistos. Situações de estresse, período menstrual, utilização de determinados medicamentos, exposição ao sol e o hábito de manipular as lesões podem piorar o quadro.
É ideal que a acne seja tratada o mais rápido possível, não somente por questões estéticas, mas também para preservar a saúde da pele e prevenir as cicatrizes de acne, difíceis de corrigir posteriormente.
Quando em formas leves, o tratamento é local, com medicamentos isolados ou combinados. Pode ser associado o tratamento por via oral. Alguns procedimentos complementares são capazes de ajudar no controle da acne, como a extração dos comedões, limpeza de pele, drenagem de abcessos, infiltração com corticoides em lesões muito inflamadas, peelings químicos, microdermabrasão, laser e esfoliações químicas.
A calvície, também chamada de alopecia androgenética, é uma forma de queda de cabelos determinada de forma genética. É frequente na população e pode acometer homens e mulheres.
Apesar de iniciar-se na adolescência, quando o estímulo hormonal surge, a calvície só se torna aparente depois de algum tempo, aproximadamente aos 40 ou 50 anos.
O sintoma mais comum da calvície é o afinamento dos fios. Nesse caso, os cabelos ficam mais ralos e gradualmente o couro cabeludo mais aberto.
Nas mulheres, a região central é mais acometida, podendo causar irregularidade menstrual, acne, obesidade e aumento dos pelos no corpo. Já nos homens, surgem as “entradas” na região frontal e a coroa.
O tratamento é baseado nos estimulantes de crescimento dos fios, como o minoxidil, e os bloqueadores hormonais. O objetivo é parar o processo e recuperar parte da perda dos fios.
Os bloqueadores hormonais, que são medicamentos por via oral, também são tratamentos utilizados, bem como o microagulhamento para estímulo do nascimento dos fios. Em casos mais graves, a opção pode ser um transplante capilar.
O câncer de pele é uma doença ocasionada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que constituem a pele. Tais células se apresentam constituindo camadas e, conforme com as que foram afetadas, definem os diferentes tipos de câncer.
Entre os tipos de câncer de pele, está o carcinoma basocelular, que é mais prevalente. Surge nas camadas mais profundas da pele e tem baixa letalidade, principalmente em casos de detecção precoce.
Outro tipo de câncer é o carcinoma espinocelular, que se manifesta nas células escamosas, que constituem grande parte das camadas superiores da pele. Já o melanoma é o tipo menos frequente dentre os cânceres de pele, mas que tem o índice mais alto de mortalidade.
O câncer de pele pode ser muito parecido com pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Por isso, conhecer bem a pele é fundamental ao detectar qualquer irregularidade.
É importante estar atento a sintomas como lesões na pele com aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; uma pinta preta ou castanha que muda sua cor e textura, tornando irregular nas bordas ou que cresce de tamanho; mancha ou ferida que não cicatriza, que continua crescendo e apresenta coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Todos os casos de câncer de pele devem ser diagnosticados e tratados de forma precoce. Os tipos de tratamento mais comuns incluem a cirurgia excisional, curetagem e eletrodissecção, criocirurgia, cirurgia a laser e terapia fotodinâmica.
Há outras opções de tratamentos além das cirurgias, como a radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicamentos, que devem ser indicados por um médico especializado em câncer de pele.
A dermatite atópica é uma doença genética e crônica, que exibe uma pele mais seca, erupções que coçam e crostas. A principal característica é uma pele muito seca, com prurido que leva a ferimentos.
Outros sintomas da dermatite atópica são áreas esfoladas causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele ao redor das bolhas e áreas espessas ou parecidas com couro.
O tratamento da dermatite atópica tem o objetivo de controlar a coceira, reduzir a inflamação e prevenir suas recorrências.
A dermatite de contato é uma reação inflamatória na pele, que acontece devido a exposição com agente que tem a capacidade de ocasionar irritação ou alergia. Há dois tipos: Irritativa ou alérgica.
Os sintomas dependem da causa, e podem ser de ardor, queimação e coceira intensa. A dermatite alérgica ocasiona uma erupção vermelha no local em que a substância entrou em contato. Na irritante, os sintomas são mais discretos, com pouca coceira, mas sensação de dor e queimação.
O tratamento da dermatite de contato pode ser apenas local, para reduzir os sintomas, ou por medicamentos de via oral.
A dermatite seborreica é uma inflamação na pele que ocasiona descamação e vermelhidão em regiões do rosto, como sobrancelhas, canto do nariz, couro cabeludo e orelhas.
Os principais sintomas da dermatite seborreica são oleosidade na pele e no couro cabeludo, escamas brancas e amarelas, coceira que pode piorar ao cutucar a pele, leve vermelhidão na área e perda de cabelo.
O tratamento precoce é importante e pode ser feito por meio de lavagens mais frequentes, interrupção de utilização de produtos para cabelo e uso de medicamentos tópicos ou orais.
As estrias são causadas pela rotura da derme durante fases de rápido crescimento do corpo, como durante a puberdade ou gravidez. Elas aparecem com lesões lineares de diferentes comprimentos e larguras em regiões do corpo que a pele sofreu estiramento, inicialmente aparecem vermelho arroxeadas e com o passara do tempo se tornam brancas e atróficas.
Por ser uma cicatrização de pele os tratamento não tem o resultado de desaparecimento completos das lesões, porem quanto mais rádio iniciado o tratamento quando as estrias ainda estão em sua fase arroxeada melhor é o resultado do tratamento.
O tratamento consiste em associação de tratamento clínico com uso de creme hidratantes e acido de aplicação tópica associado com tratamento com uso de laser fracionado e microagulhamento.
A herpes é uma patologia ocasionada por diferentes tipos de vírus: Varicela-Zóster, que causa catapora, o Herpes Zóster, e os herpesvírus tipo 1 e tipo 2, responsáveis pelo herpes simplex.
Comumente, o herpesvirus 1 causa a infecção nos lábios e dentro da boca, já o herpesvírus 2 determina lesões nos genitais e é adquirido principalmente por via sexual, mas não somente dessa forma.
Quando se rompem, surgem pequenas feridas cobertas de crostas. Geralmente, as infecções herpéticas em pessoas com imunidade normal duram de 7 a 14 dias. O tratamento é individualizado, dessa forma, somente o médico pode indicar a melhor opção.
A hiperidrose é uma condição que causa suor excessivo, devido às glândulas sudoríparas, que são hiperfuncionantes. Pode acontecer por fatores emocionais, hereditários ou doenças, acometendo as axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça, plantas dos pés e virilha.
O principal sintoma é o suor excessivo, que pode ocorrer em todo o corpo ou em áreas localizadas. Existem dois tipos de hiperidrose: a primária focal, que aparece na infância ou adolescência, comumente nas mãos, pés, axilas, cabeça ou rosto; e a secundária generalizada, que provoca suor em todas as áreas do corpo ou em regiões incomuns.
Os tratamentos para a hiperidrose incluem o uso de fortes antitranspirantes, medicamentos, iontoforese, toxina botulínica tipo A, simpatectomia torácica endoscópica e curetagem ou liposucção.
As pintas ou nevos melanocíticos são lesões elevadas ou planas, que têm a coloração variada, desde rosa até preta. Podem estar presentes desde o nascimento, ou adquiridas.
As pintas podem ser pequenas, puntiformes ou gigantes, com pelos ou não. Grande parte dos nevos é benigna, no entanto, alguns podem se tornar câncer de pele. Dessa forma, é importante sempre realizar exames com o Dermatologista.
A predisposição genética e exposição ao sol são fatores que influenciam no aparecimento de pintas, cujo número varia entre as pessoas.
Quando uma pinta é “suspeita” e tem potencial para se tornar um câncer de pele, deve ser retirada em uma pequena cirurgia, feita no consultório.
A psoríase é uma doença de pele comum, crônica e não contagiosa. Apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. Embora sua causa não esteja totalmente esclarecida, pode estar relacionada ao sistema imunológico, interações com o meio ambiente e suscetibilidade genética.
Há diversos tipos de psoríase: Em placas ou vulgar, ungueal, do couro cabeludo, gutata, invertida, pustulosa, eritrodérmica e artropática.
Os principais sintomas incluem manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas, pequenas manchas brancas ou escuras residuais pós-lesões, pele ressecada e rachada, coceira, queimação, dor, unhas grossas, inchaço e rigidez nas articulações.
Em casos moderados, pode ocorrer apenas um desconforto devido aos sintomas, porém, nos casos mais graves, pode causar dor e provocar mudanças que impactam na qualidade de vida.
Nos casos mais leves, o tratamento inclui hidratar a pele, aplicar medicamentos na região das lesões e exposição diária ao sol nos períodos seguros.
Em casos moderados, o tratamento com exposição à luz ultravioleta A ou B em cabines é necessário. Já em casos graves, é necessário iniciar tratamentos com medicação oral ou injetável.
As queratoses actínicas são neoplasia benignas da pele, que possuem potencial de transformação para um tipo de câncer de pele. Se desenvolvem em áreas expostas ao sol, porque são induzidas principalmente pela radiação ultravioleta.
Comumente, se apresentam como uma lesão avermelhada e áspera, localizadas no rosto, orelhas, lábios, dorso das mãos, antebraço, ombros, colo, corpo cabeludo de pessoas calvas ou em outras áreas expostas ao sol.
As lesões são pequenas e podem ser múltiplas, sendo na maioria das vezes mais palpáveis do que visíveis. Dessa forma, é muito importante examinar a pele constantemente e observar as lesões anormais, que mudam de textura, forma e tamanho.
Todos os casos devem ser tratados com medicamentos tópicos que podem eliminar a lesão, associados a outros procedimentos, como a criocirurgia, peeling químico, laser e terapia fotodinâmica.
A rosácea é uma doença vascular inflamatória crônica, que acontece principalmente em adultos entre 30 e 50 anos. É mais comum em mulheres, no entanto, também atinge homens.
A origem da rosácea não é conhecida, no entanto, há uma predisposição individual que pode ser genética. Além disso, existe a influência de fatores psicológicos, como o estresse.
Há quatro tipos clássicos de rosácea: Eritemato-telangiectásica, papulopustuloso, fimatoso e ocular.
Os principais sintomas são o “flushing” facial, caracterizado por períodos de sensação abrupta de vermelhidão e calor na pele, dilatação de pequenos vasos permanentes, edema facial, nódulos, espessamento irregular e lobulado da pele do nariz e alterações oculares.
A rosácea não tem cura, no entanto, existem tratamentos para controle, que iniciam com o uso de sabonetes adequados, protetor solar com proteção elevada contra UVA e UVB e uso de antimicrobianos tópicos. O laser e a luz pulsada também são opções eficazes de tratamento.
As verrugas são propagações benignas da pele provocadas pelo papilomavírus humano. Essa infecção acontece nas camadas mais superficiais da pele ou mucosa, intensificando o crescimento anormal das células da epiderme.
A aparência da verruga muda conforme o local acometido. Geralmente não apresentam sintomas, mas pode haver sangramento ou dor. Possuem o aspecto de couve-flor, ásperas, da cor da pele, mas podem ser planas, macias e escuras.
As verrugas possuem diversos tipos, entre eles: Vulgares, filiformes, planas, plantares e anogenitais.
Há diversos tratamentos que ocasionam a destruição ou remoção das verrugas. Entre eles, estão os medicamentos tópicos, ácidos ou procedimentos cirúrgicos, que são utilizados conforme a necessidade do paciente.